quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A Tempestade

No céu obscuro, acinzentado,

A nuvem carregada se movimenta.
(No interior do peito, sequelado,
O coração aflito bate.)

A eletricidade se acumula.
Agitados, dentro da nuvem, se misturam os raios.
(Os sentimentos aumentam.
Inquietas, dentro da mente, se confundem as emoções.)

Vão aumentando, vão crescendo.
Vão lutando entre si.
O limite vai chegando ao fim
Até que se rompe aquela linha
Que segurava tudo,
Mas não segurava a dor,
Que agora, cresce ainda mais.

Cai um raio, seguido de muitos outros.
Descarga elétrica conhecida
Pelo céu experiente em tempestades.
Faz um corte, corre o sangue,
Gotejando sem fim,
Agonia conhecida
Pelo coração experiente em dor.

Mas dessa vez ele não pára,
Continua a bombear,
Como se expulsasse o sangue, a vida,
Para fora do corpo...
Como as nuvens expulsam
A dolorida eletricidade para fora delas,
Nessa tempestade, a pior de todos os tempos.

Tempestade inexplicável,
Agonia inacabável.
Quero respostas...
Onde estará o fim, dessa chuva, dessa dor?


Por: Érica Pierre Costa


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