terça-feira, 11 de março de 2008

Aprisionada na solidão

Nem uma mísera alma,

Nem uma companhia,

Nada...

Apenas o vão de meus traumas me acompanha,

Junto ao vento que sopra em minha pele

E a escuridão da noite,

Que marca minha miséria.

Então olho para os lados,

Ouvindo a trilha sonora,

De minha desgraça,

E reconheço nesse quarto

Uma prisão,

Cheia, lotada,

De pura solidão...

Do vazio que abala,

Meu coração ferido,

Sangrento,

Destruído...

Encaro aquela porta,

Tentando materializar alguém,

Esperando a resposta de tudo,

Esperando algo além...

Espero e a resposta não vem.

E mais uma vez,

Sinto aquela velha decepção.

As perguntas se embolam, se embaralham.

As perguntas traiçoeiras e sem resposta,

Que me persuadem a aumentar meus lamentos,

E tendem a incrementar meus sofrimentos.

Penso então,

No seu fantasma

Que me ignora, e me abala,

Assim como você fez outrora,

Quando fazia parte real de minha vida,

E tomava o lugar dessa assombração

Que agora faz parte da minha sina.

Mas não tem jeito,

Nem revolta,

Não há milagre que me traga de volta

Tudo que você tirou de mim...

Por: Érica Pierre Costa

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