Nem uma mísera alma,
Nem uma companhia,
Nada...
Apenas o vão de meus traumas me acompanha,
Junto ao vento que sopra em minha pele
E a escuridão da noite,
Que marca minha miséria.
Então olho para os lados,
Ouvindo a trilha sonora,
De minha desgraça,
E reconheço nesse quarto
Uma prisão,
Cheia, lotada,
De pura solidão...
Do vazio que abala,
Meu coração ferido,
Sangrento,
Destruído...
Encaro aquela porta,
Tentando materializar alguém,
Esperando a resposta de tudo,
Esperando algo além...
Espero e a resposta não vem.
E mais uma vez,
Sinto aquela velha decepção.
As perguntas se embolam, se embaralham.
As perguntas traiçoeiras e sem resposta,
Que me persuadem a aumentar meus lamentos,
E tendem a incrementar meus sofrimentos.
Penso então,
No seu fantasma
Que me ignora, e me abala,
Assim como você fez outrora,
Quando fazia parte real de minha vida,
E tomava o lugar dessa assombração
Que agora faz parte da minha sina.
Mas não tem jeito,
Nem revolta,
Não há milagre que me traga de volta
Tudo que você tirou de mim...
Por: Érica Pierre Costa
Nenhum comentário:
Postar um comentário