Natureza Humana
Sou carne, sou sangue, sou humana.
Sou mente, sou corpo, sou pensamento.
Sou uma idéia de mundo jogada no ar.
Sou bêbado, mendigo, vagabundo.
Sou a alma do dia imundo.
Uma pessoa abandonada no altar.
Sou a tortura daquele que sofre.
Sou a doença daquele que tortura.
Sou a respiração vacilante do doente que morre.
Sou a dor, a amargura.
Sou o “a” craseado da dor que pertence à humanidade.
Sou o desconforto mórbido da angústia de alguém.
Sou a incerteza de uma absoluta verdade.
Sou a culpa de ninguém.
Sou o filho cuja mãe abandona.
Sou aquele nascido da fome.
A miséria trazida à tona.
Sou o começo, o meio, o fim.
Um mero pedaço de natureza humana.
Fruto da dúvida de sua essência.
O reino dos medos e inseguranças.
Sou a prova final de uma decadência.
Por: Érica Pierre Costa
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